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7.
Nós, os ateus, nós, os monoteístas Nós, os que reduzimos a beleza A pequenas tarefas, nós, os pobres Adornados, os pobres confortáveis Os que a si mesmos se vigarizavam Olhando para cima, para as torres Supondo que as podiam habitar Glória das águias que nem águias tem Sofremos, sim, de idêntica indigência Da ruína da Grécia
Wir, die Atheisten, wir, die Monotheisten Wir, die wir die Schönheit mindern Zu kleinen Verrichtungen, wir, die armen Herausgeputzten, die armen Bequemen, Die sich selbst hinters Licht geführt haben Mit dem Blick zu den Türmen hinauf In der Annahme, in ihnen hauste Die Glorie der Adler, die nicht einmal Adler hat Tatsächlich leiden wir an der gleichen Bedürftigkeit Wie die griechische Ruine
23.
A terceira miséria é esta, a de hoje. A de quem já não ouve nem pergunta. A de quem não recorda. E, ao contrário Do orgulhoso Péricles, se torna Num entre os mais, num entre os que se entregam, Nos que vão misturar-se como um líquido Num líquido maior, perdido a forma, Desfeita em pó a estátua.
Das dritte Elend ist das von heute. Dessen, der nicht mehr zuhört und nicht mehr fragt. Dessen, der nicht erinnert. Und anders als Der stolze Perikles zu Einem unter vielen wird, unter jenen, die sich ergeben, Sich vermischen wie eine Flüssigkeit In größerer Flüssigkeit, die Form schon verloren, Zu Staub vergangen die Statue.
Aus: Hélia Correia: A terceira miséria
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Hélia Correia Ausgezeichnet mit dem |
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